sexta-feira, 30 de julho de 2010

Festa de Santiago - Mazagão Velho

Este ano, o Distrito de Mazagão Velho celebrou 233 anos de festividades em louvor a São Tiago. Cumprindo uma extensa programação no período de 16 a 28 de julho, que envolveu missas, procissões, novenas, ladainhas, dança típica, entre outros. A festividade tem como ponto máximo as encenações, no dia 25,  das lutas entre mouros e cristãos travadas na segunda metade do século XVIII, no norte do continente Africano. Trata-se de um verdadeiro espetáculo ao ar livre, produzido e representado pelos membros da comunidade.

O número de visitantes cresce a cada ano. À sombra das árvores às margens do rio Mutuacá
eles esperam pelo início do espetáculo

O colonizadores de Mazagão vieram da cidade fortificada do mesmo nome, situada em Marrocos, no continente Africano que nas últimas décadas do século XVIII era a única é última possessão portuguesa no norte daquele continente. O interesse de Portugal na cidade se dava pela situação geográfica privilegiada de seus portos que favorecia o comércio. Os marroquinos formavam, assim, um único reduto cristão no mundo mulçumano. Tal situação gerou um período de muitos conflitos religiosos em que mouros e cristãos ( mulçumanos ) se enfrentaram em batalhas sangrentas até que em 1769 “O governador da Praça de Mazagão, Dinis Gregório de Melo e Castro, percebendo que a situação estava insustentável – grandes perdas humanas, devido ao último ataque de 1768, e falta de mantimentos – levou a Coroa a reconhecer que não poderiam mais conservar a praça – forte. Daí resultou a decisão de D. José – sob a influência de Pombal – de abandonar a praça, o que foi feito no dia 15 de março de 1769, seguindo a população remanescente para Lisboa.” ( Albuquerque, 2007 )

O interessante desse conflito entre mouros e cristãos é que os últimos foram expulsos por causa da guerra religiosa, mas não perderam as batalhas. Tiveram muitas perdas humanas e materiais como é sabido, mas o êxito militar é orgulhosamente encenado durante as festividades no mês de julho. Segundo relatos de populares a campanha militar cristã foi tão brava e astuta que atribui-se a vitória graças à intervenção de São Tiago, que lutou na forma de um guerreiro anônimo.

Atores representando os soldados cristãos vestem trajes brancos.
Soldados mouros trajam branco e vermelho

A tradição em defender a fé cristã e o domínio lusitano impulsionou a Coroa a trazer as famílias da Mazagão africana para o norte do Brasil a fim de colonizar a região e impedir o assentamento estrangeiro nas possessões lusitanas.

No dia 24, há a "Entrega dos Presentes" e o "Baile de Máscaras". Os mouros não conseguindo êxito militar decidiram apelar a outras estratégias: ofereceram aos cristãos comida envenenada como presente de trégua. Desconfiados, os cristãos jogaram uma parte da comida aos animais do inimigo confirmando assim, a suspeita de que estaria envenenada.

Um baile de máscaras é oferecido pelos mouros para que os cristãos que quisessem “trocar de lado”, pudessem fazê-lo sem ser reconhecidos. É nesta ocasião que os mouros provam do próprio veneno: os cristãos levaram o que sobrou da comida presenteada e a distribuíram entre os inimigos. Muitos soldados morreram, entre eles, o rei Caldeira, líder muçulmano, que foi substituído por seu filho, Caldeirinha. Este ordenou o rapto das crianças cristãs que foram vendidas e o dinheiro arrecadado serviu para a compra de armamentos.

Este fato inflamou a fúria dos cristãos que recomeçaram a campanha com tão grande anseio de vencer que chegaram a pedir a Deus que prolongasse o dia para que tivessem mais tempo para conseguir a vitória. Batalha após batalha, o rei Calderinha foi aprisionado, muitos soldados mouros foram mortos, o restante fugiu. Campanha vencida, … “os cristãos rejubilaram-se pela vitória agradecendo a Deus e, em passeata, levaram o rei mouro vencido. À noite, depois de tudo, organizaram um baile chamado “Vomonê” ou “Vominê”, que vem simbolizar a vitória alcançada por eles.”
( Fonte: http://www.edgarrodrigues.com.br/variedades/a-festa-de-sao-tiago-em-mazagao-velho )


Mascarados: durante as festividades raptam as crianças que são resgatadas
por seus pais mediante pagamento simbólico: um pedaço de papel. Esta tradição mantém viva na memória o rapto das crianças cristãs ordenado pelo rei Caldeirinha.


"Bobo Velho", espião mouro que se infiltrou entre os cristãos para conhecer as estratégias
destes e ao ser descoberto foi expulso a pedradas e pauladas.Todos os anos um ator representa o espião. Ele percorre a cavalo um determinado circuito da cidade recebendo arremessos de bagaços de laranja. O ato é uma maneira de humilhar as forças inimigas derrotadas. O ator voluntário às vezes é um pagador de promessas. Pode até parecer brincadeira, mas o choque dos bagaços com o corpo são muito bem ouvidos e quem testemunha de perto pode garantir que os espectadores têm boa pontaria.

Crianças mazaganenses preparando a “artilharia”.
Elas chupam laranjas para arremessar o bagaço no “Bobo Velho”.


Atalaia, espião cristão que arrebatou a bandeira inimiga.
Foi morto e decapitado como forma de intimidação às forças cristãs.


Mais sobre Mazagão: Rio Mutuacá


O rio está se estreitando a cada ano. Contam os moradores que tal fenômeno se dá em razão de uma maldição É que nas primeiras décadas da colonização, o padre da cidade permitiu que fosse realizada festa profana no dia dedicado a São Tiago provocando a revolta dos moradores devotos do santo. O padre foi expulso da cidade, mas antes de partir profetizou que o rio Mutuacá iria secar a tal ponto que uma galinha o atravessaria voando.

Em sua “Lendas do Amapá: A Maldição do Padre”, o pesquisador Edgar Rodrigues nos dá outra versão: o padre juntou boa fortuna e foi ao Pará trazendo consigo dezenas de brilhantes em forma de olhos, os quais foram colocados nos santos, inclusive em São Tiago. O sacristão da igreja, por acidente, descobriu que em vez de brilhantes, os santos tinham olhos de vidro. Revoltados com o padre, a população o aprisionou e o condenou a morte. “Quando estava na eminência de balançar no cadafalso, o sacerdote limpou suas sandálias no chão e amaldiçoou o povoado, profetizando que em alguns anos o rio Mutuacá ficaria tão seco que seria possível uma galinha atravessar andando por seu leito. Morto o padre desonesto, o rio também começou a morrer. Seu leito foi se estreitando de tal maneira que até mesmo as pequenas embarcações tinham dificuldades em navegar. Em pouco tempo morreu também o comércio local e muitos mudaram-se em busca de melhores condições de vida, formando a vila de Mazagão Novo.” ( http://www.edgarrodrigues.com.br/variedades/mortedopadre )

Há, ainda, uma outra versão para o estreitamento do rio: durante o movimento da Cabanagem, os mazaganenses a fim de evitar a entrada das forças do movimento Cabano, alteraram o curso das águas do Mutuacá ao colocar grandes pedras no seu leito.

Visitar Mazagão é retornar ao passado!


Ruínas de uma igreja construída no século XVIII.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A utilização do bagaço da Andiroba - Bagasse of Andiroba utilisation.

A Andiroba (Carapa guianensis Aubl.) é uma árvore da família Meliaceae e recebeu esta denominação por ser uma palavra de origem tupi-guarani que significa "gosto amargo". Andiroba, andirova, angirova, carapa, purga-de-santo-inácio, aruba, saruba, requia, iandirova, caoba brasileira... são outros nomes populares desta importante árvore amazônica que pode atingir até 30 metros de comprimento. Do seu tronco cilíndrico e reto desprende-se uma casca grossa de sabor amargo. Fluoresce a partir do mês de agosto até outubro e frutifica do mês de janeiro até maio. O óleo e a gordura extraídos de suas amêndoas são utilizados como repelentes de insetos, antissépticos, cicatrizantes e antiinflamatórios.

A foto mostra uma das utilizações do bagaço ou, como dizem os nativos da Amazônia: a massa da andiroba.

Andiroba ( Carapa guianensis Aubl. ) is a tree of the Meliaceae family that got this denomination for being a word from tupi-guarani origin. In tupi-guarani Adiroba means: bitter taste. Other popular denomination for this tree are: Andiroba, andirova, angirova, carapa, purga-de-santo-inácio, aruba, saruba, requia, iandirova, caoba brasileira... This very important Amazonian tree can reaches up to 30 meters tall. Bitter barks are loosened from its cylindric and straight trunk. Andiroba blooms from August through October and fruits from January through May. The oil and fat extracts from its almonds are used as insects repellent, antiseptic, anti-inflammatory, etc.

The photo shows balls of bagasse of andiroba in burn.
A casca da amêndoa se quebra ao cair no chão e libera de quatro a seis sementes que o caboclo ferve e espreme para obter o óleo de andiroba. O que sobra é o bagaço utilizado no preparo de velas. Mas os nativos fazem bolas do bagaço que queimam diretamente em cima da lenha. A fumaça repele os insetos que tanto perigo e incômodo representam para os habitantes.

The bark of the almond breaks on falling to the soil and releases from four up to six seeds that the natives boil and squeezer to get the oil. What remains is the bagasse. From this bagasse are made balls that are burned on the firewood. The smoke repels insects that so many diseases and disturbance provoke to the inhabitants.  

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Subindo o rio Calçoene - Parte IV

Aproveitando a presença de minha avó materna na sua cidade natal, eu e meus tios tiramos uma manhã para subir um pequeno trecho do rio Calçoene. Rio pelo qual os irmãos Firmino e Germano seguiram o curso até encontrarem ouro na região que ficou conhecida como Lourenço ( ver O Povo Daqui – Parte XI – Calçoene Parte II, na gadget Um pouco do Amapá, mês de junho ). Os objetivos de nossa pequena excursão familiar eram ter uma idéia do cenário e dificuldades enfrentadas pelos irmãos; e levar minha avó para um passeio em trechos do rio que ela só conhecia da ponte.



Esta é a trilha para se alcançar a canoa às margens do rio.

Como se sabe, o Amapá é um Estado que tem o melhor índice de preservação ambiental do país, com mais de 90 por cento das florestas intactas, ou seja, a paisagem que deslumbramos na subida é praticamente a mesma da época de Germano e Firmino mais de um século atrás.

Tabocais

Ao longo do trajeto a vegetação é indescritivelmente exuberante, com destaque para os tabocais.
Taboca, denominação popular de origem tupi para o bambu ( planta da sub-família Bambusoideae, da família das gramíneas (Poaceae ou Gramineae). ) 

"Chapéu do Barata"


Nesta época do ano o rio está no período de cheia e poucas pedras são avistadas. As que estão visíveis formam um majestoso cenário e algumas por seu tamanho e formato recebem até mesmo denominações, como esta: “Chapéu do Barata”

Ézio, Tamires, Val e Andreza
Eu e minha avó materna, Valdomira Cordeiro


Ponte das “Sete Ilhas”. Assim conhecida pela existência de sete pequenas ilhas às proximidades da ponte. Conta minha avó que no seu tempo uma balsa era utilizada para fazer a travessia do rio Calçoene.



Seu Pezão, piloto da embarcação movida por um motor rabeta, tempera com sal e limão o almoço: rabo de arraia, rabo de traíra e um bandeira. Mais tarde foram servidos a uma faminta tripulação na pá da embarcação.

Hummmmm... O almoço.


O que não fazemos por uma foto!!!!!! 

No final vale a pena!


Eu já postei uma janela desta linda casinha em Calçoene, mas eu fiquei tão apaixonada por ela que não resisti e agora termino esta postagem com a outra janela, igualmente florida.

Beijos

Hélida

terça-feira, 13 de julho de 2010

O CICLO DO PEIXE - Calçoene - Parte III


Calçoene e o Ciclo do Peixe

Basta um passeio pela rua da Agulha para perceber que Calçoene começa a destacar-se na indústria pesqueira. Moradores e visitantes que torcem pelo desenvolvimento de uma região que com suas minas de ouro enriqueceu muitos estrangeiros, poucos brasileiros e praticamente nenhum garimpeiro durante um século de intensa exploração do minério, ficam empolgados ao saber que o município está beneficiando uma média de 250 toneladas de peixe por mês. Mas tal estatística está muito aquém da realidade, pois é contabilizada a partir das duas empresas frigoríficas do município onde é feito o beneficiamento. Lá o peixe é pesado, tem a quantidade e tipo inscrito nos livros de registros, passa pelo beneficiamento, e tem a guia de trânsito expedida cuja receita fica no próprio município.

Se for levado em conta que há um número considerável de compradores que beneficiam o pescado em outras cidades, a média de toneladas de peixe que sai a partir de Calçoene é de longe muito superior a estas 250 toneladas. Não seria devaneio pensar que um novo ciclo desponta no horizonte econômico calçoenense: “o ciclo do Peixe”.

Desembarque de peixes
Após 15 dias em alto-mar pescadores e barqueiros desembarcam no porto da empresa Calçomar. São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza e Minas Gerais são algumas cidades que compram peixe beneficiado em Calçoene

Aportadas principalmente na orla da rua da Agulha, onde estão situadas as duas empresas frigoríficas que fazem o beneficiamento do pescado, embarcações de médio e grande porte desembarcam o fruto do trabalho de quinze dias em alto mar. A clientela de grandes e pequenos compradores chega a comprometer o trânsito na estreita rua e os barqueiros a partir do momento que aportam só param de trabalhar quando as urnas dos porões das embarcações estão limpas.
Para atender a necessidade de grandes compradores, o beneficiamento do peixe é feito em um dos frigoríficos com inscrição no SIF, pois compram em número de toneladas. Para se ter idéia um barco frigorífico de grande porte pode trazer até 25 toneladas de peixe para beneficiamento. Dentro das empresas os impostos são recolhidos de acordo com a quantidade comprada e o tipo de beneficiamento segue uma tabela de preços. Se o comprador quer o tipo Inteiro, quando o peixe é lavado e congelado, ele vai pagar R$0,75 por quilo; se optar pelo tipo HG, quando se tira a cabeça, lava e congela, ele pagar R$0,90 por quilo e se optar pela opção do filé, terá que desembolsar R$1.40 por quilo. Esta tabela é da Cunhaú Pesqueiro LTDA.

Bandeiras pretas são os marcadores de rede de pesca,
a cada mil metros uma é fincada para sinalizar as redes que não saem
pra alto mar com menos de 900 metros.


Os peixes mais comercializados são pescada amarela, gurijuba e pargo, com rede de malha grossa e corvina, peixe pedra, pirabema e bagre, com rede de malha fina.
IBAMA e a SEAP – Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, são os órgãos governamentais responsáveis pela expedição do calendário de defeso e por monitorar através de aparelhos de localização as embarcações para que não pesquem em áreas de proteção ambiental, berçários ou áreas de desova. O rio Cassiporé é uma dessas áreas.
A engenheira de pesca, Evanéia Oliveira, da empresa Calçomar, atenta para a importância do beneficiamento ser feito em Calçoene: as estatísticas de quantidade e do tipo do pescado comercializado são precisas e toda a receita gerada com os impostos fica na própria cidade.
Para atender o pequeno comprador o beneficiamento é feito às proximidades da embarcação. Muitos podem pensar que o vendedor é muito gentil em tratar do pescado para o comprador local, mas por trás disso há um outro importante comércio: o do grude, ou “da grude” como dizem os calçoenenses. É que o vendedor retira para si este importante órgão que dependendo do tamanho pode valer mais que o próprio quilo do peixe.

Atendendo a pequenos compradores, os pescadores tratam
dos peixes próximo às embarcações

Segundo os pescadores, o grude é um “órgão interno do peixe que fica colado ao espinhaço e serve para fazer cola”. Mas, na verdade, a importância do grude vai além da fabricação de cola. O grude é a bexiga natatória do peixe, ou seja, controla o seu nível de flutuação. Quando cheia de ar permite que o peixe se aproxime da superfície e quando seca permite que ele chegue as profundezas do oceano. Na edição 1 738 - 13 de fevereiro de 2002, a revista VEJA publica a seguinte informação sobre o grude. “O grude é iguaria gastronômica na China. Os ingleses compram o produto para usá-lo como filtro e clareador de cerveja. As mesmas bolsas são matéria-prima para colas de alta performance nos EUA e na Alemanha. Depois de processado e transformado em lâminas como as de gelatina, o grude ganha o nome de issinglass e pode ser utilizado na composição de medicamentos, cosméticos, filmes fotográficos, móveis, instrumentos musicais e varas de pescar de grande resistência, em diversos países. "Os empregos dessas membranas são tantos que ainda não foi possível catalogar todos", diz a pesquisadora Rosália Cotrim, do órgão que coordena pesquisas sobre pesca na Região Norte, o Cepnor. Em 2001, a exportação de grude atingiu mais de 200 toneladas pelos portos do Pará e do Amapá. Esse negócio movimentou três vezes mais dinheiro que o comércio normal de gurijuba e pescada-amarela nesses portos. Segundo o exportador Roberto Braga, de Belém, é a China que paga os melhores preços pelo produto. "Os pratos preparados com isso têm aspecto horrível, mas os chineses adoram", conta Braga. "Para eles, é como o nosso filé." "

 
 
Atualmente,em Calçoene, o valor de um quilo de grude custa R$200,00. Mas o preço varia no mercado, assim como varia o quilo do ouro, a cotação do dólar, etc. Pescada Amarela e Grurijuba são peixes grandes que têm as maiores grudes, daí o interesse do vendedor em tratá-los.  

A grude.
Para ser vendida deve primeiramente ser limpa,
amassada ( geralmente com os pés ) e secada ao sol por aproximadamente 2 dias

Com pescadores registrados na associação da categoria, a fiscalização governamental atenta para a exploração racional e um generoso oceano... oxalá o peixe faça por Calçoene o que o ouro em cem anos não fez.

Muito mais de Calçoene !!!!

Samaumeira – Ceiba pentandra (L.) Gaertn
Família: Bombacaceae


Às margens do rio Calçoene, uma majestosa samaumeira destaca-se na vegetação. Dela brota uma espécie de vagem não comestível cujas sementes são envolvidas pela paina, uma pluma semelhante ao algodão, denominada Kapok. No devido tempo a vagem cai e se rompe no choque com o solo, o “floco de algodão” sai e é levado pelo vento indo pousar nos matagais. Estes ficam cobertos pela substância, é quando mulheres e crianças coletam os flocos para encher travesseiros e colchões.

Minhas sobrinhas Tamires e Andreza, aprendendo com o avô, Nicomedes, a primeira lição para saber como se comportar ao tomar banho de rio: “Água não tem cabelo”


Olha só o que eu encontrei às margens da rodovia. Temendo pela segurança deste indefeso quelônio, levei-o para casa e de tarde procurei uma propriedade às margens do rio para soltá-lo, sob protestos de familiares que queriam vê-lo como manchete na coluna “Menu Tucuju”.


Desta linda casinha em Calçoene, me despeço.
Beijão