segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Cachoeiras e corredeiras. Qual a diferença?

Cachoeira é o mesmo que queda-d´água, cascata, salto. Trecho do rio em que o curso é acentuadamente vertical.

Deriva de cachão, que segundo o dicionário Aurélio significa borbotão, ou seja, é o mesmo que jorro, golfada, borbulhão.

Corredeira, ainda segundo o dicionário Aurélio, é o trecho de rio onde as águas, dada a inclinação do terreno, correm céleres, e que, muitas vezes, corresponde à última etapa de uma queda-d’água.

Os praticantes de rafting costumam classificar as corredeiras segundo o grau de dificuldade para a prática do esporte. Os graus de dificuldade variam de 1 a 6.

No Amapá, podemos observar a diferença das cachoeiras para as corredeiras de uma maneira bem simples: as cachoeiras não “desaparecem” quando o nível do rio aumenta, pois o curso do mesmo é acentuadamente vertical. Já as corredeiras podem “sumir” nos períodos em que o nível do rio está cheio.

Seguindo tais conceitos, podemos exemplificar o primeiro com esta pequena, porém charmosa cachoeira em Serra da Navio. Ela desce pelas entranhas da intacta floresta serrana para desaguar humildemente no majestoso Amapari.

Fotos: Flávia Pennafort.
Cachoeira em Serra do Navio.


 Corredeiras em Serra do Navio.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pancadão do Camaipi.

Para quem não mede esforços para um bom banho, o trecho do rio Camaipi conhecido como Pancadão é uma excelente opção.
Pancadão do Camaipi.
O trecho é acidentado por pequenas quedas d´água e a floresta que o cerca é bem conservada. Significa dizer que insetos e répteis estão por toda parte da vegetação.
Pode-se chegar até lá pela BR 156, passando o rio Vila Nova. O ramal de acesso é extremamente íngreme e se torna mais perigoso na estação chuvosa. Se não viajar  em carro tracionado, a última parte do trajeto deve ser feita a pé, seguindo uma trilha de mata fechada.
É um programa cansativo, mas vale a pena ter um contato direto com a floresta estratificada que tão bem representa a região amazônica.
Borboletas coloridas e canto de pássaros o acompanham durante a trilha.
 Beijos!
Hélida

Fitoterapia - Parte I

MARUANUM

A palavra fitoterapia é de origem grega.Tratamento (therapeia) Vegetal (Phyton). Ou seja, a terapia através das plantas. Tal prática não é nova e nem uma exclusividade da região amazônica. Sabe-se que Hipócrates, já na Antiguidade, só aconselhava medicamentos vegetais. Disse ele: "Que o teu alimento seja o teu medicamento e que o teu medicamento seja o teu alimento".
A fitoterapia é muito utilizada na Amazônia e nas últimas décadas tem recebido muita atenção da comunidade científica por ser uma terapêutica eficaz, racional e econômica. Mas estudos chamam a atenção para a questão da automedicação que apresenta um grande perigo pois as pessoas desconhecem, na maioria das vezes, a quantidade dos princípios ativos contidos nas partes das plantas utilizadas para tratamento.  Estes princípios variam de acordo com a idade do vegetal, a época da colheita, tipo de solo, condições de armazenamento, etc. Sem falar que algumas vezes plantas que podem representar perigo são cultivadas em  propriedades familiares sem que os moradores tenham a devida ciência da espécie em questão. Um exemplo disso também pode ser observado na comunidade do Maruanum, onde uma "prima" menos conhecida da maniva está na frente de uma casa sem que os moradores saibam que a devida espécie produz frutos venenosos.

 Fotos: Flávia Pennafort.
CUIEIRA (Crescentia cujete Lin.).


Família das Bigno-miáceas. Esta planta, que contém propriedades terapêuticas, também é venenosa, pois, contém ácido cianídrico ( Uma intoxicação com este ácido provoca um envenenamento imediato e, geralmente mortal. O veneno combina-se com a hemoglobina, bloqueando o transporte de oxigénio e consequentemente a respiração interna )Fonte: http://www.infopedia.pt/ . Todavia, o cozimento e o extrato da casca são muito eficazes para a cura da enterite membranosa ( Inflamação do intestino delgado causada por uma infecção viral ou bacteriana) e da hidropisia (a acumulação anormal de fluido nas cavidades naturais do corpo ou no tecido celular ) ; o suco já foi muito empregado na Medicina caseira como antispasmódico e antitetânico e é nocivo aos suínos; a polpa do fruto ainda verde, embora amarga e até mesmo corrosiva, é eficiente contra a hidrocele (é a presença de líquido em quantidades anormais dentro do escroto e envolvendo o testículo ), sendo ainda que, reduzida à calda açucarada, torna-se um remédio febrífugo, purgativo e expectorante, utilizado para combater a clorose e  doenças respiratórias. 
Também na comunidade do Maruanum ( Carmo do Maruanum ), em frente a uma propriedade, encontramos esta "prima" da maniva, cujos frutos são altamente tóxicos. Os moradores desconhecem as propriedades da planta.


A Cuieira também é conhecida como árvore-de-cuia, cabaceira, coité, cui-té, e cuiteseira. É uma árvore baixa, mas bastante frondosa, de caule tortuoso e seus frutos são grandes e de casca dura. Deles são feitos vasilhas, instrumentos musicais, entre outros.

Além do valor medicinal, a cuieira também tem seu valor ornamental: frondosa e com frutos grandes e de aparência exótica valoriza qualquer propriedade.


Casa no Maruanum, cercada de flores e cuieiras.

MARUANUM
Para conquistar seu espaço basta simplesmente fazer parte da natureza, sem noções de dominante ou dominado.
O desmatamento pode ser totalmente desnecessário para construir uma moradia.
A região compreendida entre os igarapés Casinha e Banha começou a ser colonizada às margens do rio Maruanum há aproximadamente 200 anos por negros descendentes de escravos. Dedicaram-se a agricultura e pecuária e até hoje subsistem das roças de mandioca e macaxeira, além das plantações de maracujá.

A Comunidade do Maruanum ficou nacionalmente conhecida pelo trabalho artesanal das louceiras  - Ver Postagem Cerâmica - Maruanum ( 22. 01. 2010 ).
O trabalho dessas senhoras é uma herança cultural tão antiga quanto a colonização da região que compreende as comunidades: Fátima do Maruanum, São Pedro do Maruanum, Carmo do Maruanum, São José do Maruanum, Torrão do Maruanum, Santa Luzia do Maruanum, Conceição da Maruanum, São Raimundo do Maruanum, Bacaba do Maruanum, São João do Maruanum, Pirativa do Maruanum, Santa Maria do Maruanum.

Carmo do Maruanum tem ruas pavimentadas e uma área de lazer.
A escola da vila homenageia o morador mais idoso da comunidade, Vô Lixandre, com 105 anos.
Uma casa ecologicamente correta: toda revestida de latinhas e garrafas peti.
Senhor Matias Pereira Gomes, 72 anos, maruanense. ao lado da esposa.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aniversário de Ana Flávia e Ana Paula - mais fotos!

Para os titios e titias que já voltaram para suas cidades e não tiveram a oportunidades de ver o book e o vídeo do aniversário. Aqui estão mais fotos da festinha.

Bolo de Flávia e Paula.
Flávia posando para as lentes de Paulo Uchôa.

Tia Graça e meus primos Rocque e Gilney.

Ana Paula.
Mesa de guloseimas.


Bufê e decoração assinados por Ivan Penafort.

Flávia e seu primo Davi.

Bárbara, Grace e Victor, vieram pela primeira vez a Macapá especialmente para o duplo aniversário. Minha irmã, Juliana, eu e Flávia, em pé.
Maurílio e Tadeu Pelaes

DJ Urubu e seu assistente.

Grace e Renato.
Víctor e Bárbara.
Juliana, Grace e Bárbara.
Juliana.
Professora Socorro, do Instituto Oscar Santos.
Paulo Uchôa
Eu.