quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tragédia Climática - Por: Rafael Cruz

A maior tragédia climática já ocorrida no Brasil assolou na semana passada a região serrana do Estado do Rio, prejudicando inclusive o abastecimento de frutas e verduras no Rio de Janeiro.
Chuvas mais intensas que o normal e o desmatamento de áreas protegidas são vilões nesta história. Mas o que está ruim, pode piorar mais. No ano passado, você acompanhou conosco a empreitada da bancada ruralista na Câmara dos Deputados para acabar com a proteção das nossas florestas alterando o Código Florestal. Com seu apoio, o Greenpeace ajudou a impedir que o trator ruralista fôsse à frente.
Mas a turma da motosserra já deu sinais de que voltará à carga para fazer do Brasil um país sem árvores em 2011. É a receita para deixar o país e sua agricultura mais vulneráveis aos humores do clima. Se há dúvidas sobre como lidar com o problema dos eventos climáticos extremos, existe ao menos uma certeza: a solução não é derrubar árvores. Muito pelo contrário.
Portanto, é hora de ficarmos alertas para enfrentar a nova investida ruralista contra nossas florestas. O Brasil precisa de mais, não de menos árvores....


Rafael Cruz
Coordenador de campanha
Greenpeace

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Aniversário de Nascimento de Hélio Pennafort

Hoje, 21 de janeiro, os pensamentos e orações de nossa família se voltam à memória de papai que completaria, neste dia,73 anos.

Papai e o neto, Renato

(Para meu mano Hélio, hoje,
contador de estrelas)
 
É tarde
O rio entoa a canção crepuscular 
ao ritmo do vento.
Meu mano 
contador de letras 
com um sorriso etéreo 
pega o barco em direção ao Mar 
plenitude de luz e liberdade...
Árvores ensaiam a coreografia dos lenços brancos
regidas  pelo vento. 
As flores se curvam para abraçar o mistério da vida:
por que agora e não (muito) depois? 
Importa saber?
Pássaros do poente,
procurai suas companheiras!
É hora de cantar 
pois a lua tão plena, 
carinhosamente bela
já espalha seu sorriso brilhante
para acolher meu mano 
contador de estrelas.
Graça Pennafort
Papai e a filha, Juliana.
Papai e a neta, Ana Flávia.
"Quando eu te beijei / última vez / me alembro claramente, era noite de luar / tu me disseste / nunca mais verei a luz do teu olhar"

( Versos da valsa de  um embarcadiço - Micro Reportagem, 1980 )

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O Amapá e a estação das Chuvas

Enfim a estação das chuvas que começou em dezembro já está modificando  as paisagens no Amapá. Lagos, igarapés, represas naturais,  ... assumem  um aspecto mais leve onde as tonalidades do verde são reveladas. 

 Fotos: Flávia Pennafort.
Os campos de garças às proximidades do rio Matapi são um lindo exemplo 
das mudanças paisagísticas que a estação chuvosa faz.
 Campos de variadas tonalidades de verde repousam sob o céu cinzento.


 
Igarapés

Um dos braços do rio Matapi

A palavra igarapé é de origem tupi-guarani. Igara significa embarcação escavada no tronco de uma só árvore, e , significa caminho).  Tal denominação pode ter sido dada pela utilização de pequenas canoas ( cascos ) nas quais os indígenas navegavam por esses estreitos caminhos. Estes primeiros navegadores da amazônia não sentavam nas embarcações, iam em pé movimentando-as com um varejão.

 

Se todos os igarapés da região Amazônica  fossem devidamente mapeados junto com os rios não teríamos apenas o sistema hidrográfico da região, mas também seu sistema nervoso,  uma vez que é através deles que se dá a comunicação entre todos os ribeirinhos.

Tucumanzeiros

É neste período também que frutificam as palmeiras de tucumã. 

 A palmeira de tucumã quando adulta mede entre 10 a 20 metros de altura, seu tronco é coberto por espinhos pretos de aproximadamente 20 centímetros de comprimento. Seus cachos chegam a sustentar até 1560 sementes.  É também conhecida pelos seguintes nomes: acaiúra, acuiuru, coqueiro-tucumã, tucum, tucumã-açu, tucumã-arara, tucum-açu, tucumaí-da-terra-firme, tucumãí-uaçu, tucumã-piririca, tucumã-purupuru e tucum-do-mato.
Astrocaryum vulgare  é uma palmeira  pré-colombiana típica da Amazônia Oriental.Segundo pesquisas de Maria do Socorro Padilha de Oliveira, Guy Couturier e Paulo Beserra a palmeira..."é utilizada de várias formas pela população rural e urbana de baixa renda, mas suas potencialidades econômicas estão centradas nas folhas, com a extração de fibras de alta resistência, e nos frutos, ricos em vitamina A, ácidos graxos saturados e glicerídeos trissaturados, podendo substituir o dendê e o babaçu na indústria de óleos (Villachica et al. 1996). Há registros afirmando que bastaria apenas um fruto dessa palmeira para suprir a dose diária de vitamina A necessária a uma pessoa" (Lima et al.1986).( Fonte:  BIOLOGIA DA POLINIZAÇÃO DA PALMEIRA TUCUMà (ASTROCARYUM VULGARE MART.) EM BELÉM, PARÁ, BRASIL )

Maçarico

Os maçaricos voltam aos campos da APA do Curiaú.

O maçarico é uma ave que habita pequenos lagos, praias lamacentas e abertas de lagos e rios.
Para a civilização inca, que existiu na América do Sul pré-colombiana, “el agua” era considerado um deus que ao passar sobre la madre tierra, ou pacha mama, no dialeto quechua, geravam os filhos. Os filhos seriam a produção agrícola, como o milho, batata, etc.
Para nós a chuva pode não ser uma celebridade celestial, mas não deixa de fazer seus pequenos milagres.