Como estou de férias, esta semana me dei ao luxo de ir ao Carmo do Maruanum comprar uma saladeira de cerâmica. Parece coisa de louco enfrentar esta estrada para comprar um utensílio doméstico vendido em muitas importadoras daqui.
Fotos: Flávia Pennafort
Mas a minha saladeira não é uma qualquer, dessas que são fabricadas aos milhares. Ela é especial porque é feita pelas mãos de uma doce artesã daquela comunidade, que misturando o barro com a casca do Caripé* não poupa habilidade em moldar tigelas, vasos, copos, colheres, fogões, caramuchés... Cara.... o quê?? É, eu tampoco o conhecia. Caramuché parece nome de bicho, tem até a forma de um porco, mas é somente uma lamparina feita de barro: joga-se o azeite pelo orifício de cima e coloca-se o pavio pelo bico da frente. Prontinho... É claro que o caramuché vai para a minha estante de artesanatos.
É um porco? É um vaso? É um achado arqueológico? Não! É apenas um caramuché!
As artesãs do Maruanum têm o incentivo do governo municipal que cedeu uma casa para a venda das peças de cerâmica na própria comunidade, mas podemos encontrar as mesmas peças na Casa do Artesão em Macapá.
Artesã Castorina: uma simpatia só no atendimento, explica que as peças são feitas a partir da mistura do barro com a casca do Caripé*, e depois de queimadas são vernizadas na sua parte interior com a resina da Jutaicica ( Jutaí* ). A camada de verniz além de dar uma sofisticada aparência nas colheres e tigelas também facilita a higienização das mesmas.
Verde e com um relevo um tanto íngreme. É assim o trecho Macapá - Maruanum, da rodovia BR156
*No dicionário Aurélio, temos a definição de Caripé como: [do tupi, possivelmente] Arvoreta da família das rosáceas ( Licania scabra ), de flores pequenas, panículas auxiliares ou terminais,com sépalas de pêlos alvos.
*Jutaí: ( Jataí ) Árvore da família das leguminosas ( Hymenaea courbaril ) da Amaz. e N.E.,. de folhas com dois foliolos coriáceos, flores vistosas, amarelas e mais ou menos cimosas, e cujo fruto é grossa e longa vagem que contém arilo farináceo comestível. O tronco cede resina adequada à fabricação de verniz.
Residência na comunidade do Carmo do Maruanum
Os campos verdejantes às margens da BR156, no trecho Macapá - Maruanum é um capítulo à parte: merecem destaque por mais parecerem um tapete. É uma pena as garças não chegarem mais perto para um "close".
OLÁ MEU NOME É ELNILDA SOU ESTUDANTE DE ARTE VISUAIS E PRESCISO FAZER UMA PESQUISA SOBER A CERÂMICA DO MARUANUM. GOSTARIA DE SABER COMO CHEGO ATÉ O LOCAL,ISTO É O PERCURSO.
ResponderExcluirADOREI SEU BLOG!!!!!
ATENSIOSAMENTE
SE FOR POSSIVEL RESPONDA PELO E-MAIL : LENEUNIFAP2009@HOTMAIL.COM
Olá. Elnilda. Obrigada pela visita. Vou entrar em contato com vc pelo e mail
ResponderExcluirUm abraço
Hélida
Adorei seu blog! Você parece ser uma daquelas pessoas que vale a pena conhecer. Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirPrezado Anônimo, obrigada pela visita. Fico feliz que vc tenha gostado do blog.
ResponderExcluirUm abraço
Hélida
gostei muito do seu blog! Parabéns
ResponderExcluirgostaria de receber informações sobre o Maruanum mais precisamente sobre a arte cerâmica do Maruanum.
Se puderes me enviar por email eu agradeço meu email é valdinaldo.11@hotmail.com
SOU DO MARUANUM E ADMIRO A CULTURA DE ONDE EU NASCIR, SEMPRE QUE POSSO DESFRUTO DESSA BELEZA GRANDIOSA QUE DEUS NOS CONCEDEU. CONHEÇA VC VAI ADORAR,,,, TO COM XAUDADES..........ADOOOOOOOOORRRRRROOOOO MARUANUMMMMMMMM
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