Papai, na Rádio Educadora ( década de 70 )
Se papai fosse vivo, teria completado ontem, 21 de janeiro, 72 anos. Nascido e criado no Oiapoque era o filho mais velho do segundo casamento de minha avó Bibo com meu avô, Roque.
Segundo meu tio Ciro Pennafort me contou uma vez, papai, quando criança, valia-se da astúcia própria de irmãos mais velhos: escondia-se atrás das portas para dar “cacholetas” ( eu acho que é assim que se escreve ) no desprevenido tio Ciro, cujas orelhas de abano eram uma verdadeira tentação ao espírito malino que habita em garotos.
Adorava o Oiapoque, mas sempre dizia que um dos lugares mais bonitos do Amapá era Cachoeira Grande ( entre os municípios de Amapá e Calçoene )..."Temos num só lugar a cachoeira, a praia e o bosque"... assim justificava.
Com um gosto impecável para música era um ardoroso fã de Chico Buarque. “Roda Viva” era sua composição favorita. E embora sem nenhum conhecimento teórico de música erudita, era um tremendo ouvido para esta, a ponto de ir às lágrimas nas primeiras notas de “Tristesse” ( F. Chopin ).
Roda Viva ( Chico Buarque )
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu.
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá.
Roda mundo roda gigante,
Roda moinho roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mais eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá.
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou.
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mais eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade pratica
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá
Papai e mamãe ( Rita Pennafort ), nos primeiros anos de casados.
Oi, Hélida. Saudades do Hélio. Ainda bem que tem vc para continuar o trabalho jornalístico dele.Beijão.
ResponderExcluirOi Helida
ResponderExcluir(Desculpa as faltas de acentos. Meu computador nao tem o teclado brasileiro)
Fiquei muito emocionada de ver teu trabalho sobre o Helio. Muito obrigada. Tenho muitas saudades dele.
As paisagens do Amapa sao belissimas. E bom rever minha terra. Beijos para voce e todos de sua familia.
Tia Celia
Oi lindinha,
ResponderExcluirque saudade do mano! Amei a tua singela, mas tão significativa homenagem a ele. Hélio era isto mesmo: amante da natureza, cara sensível, brincalhão... Foi bom ver as fotos dele ainda jovem. Minha comadre também está muito bem na foto.
Parabéns pelo blog. As tuas matérias estão ótima e as fotos da Flávia, maravilhosas.
Beijos
Tia Graça
Hélida, é muito bonito ver esse trabalho que vc. faz, falar do trabalho do seu pai de certa maneira seguindo os passos dele, é maravilhoso.Essa foto do Hélio com a Rita é uma volta ao passado, amei!!!!!!!! bjus
ResponderExcluirOi Hélida, fiquei muito feliz com o teu blog e com a homenagem ao Hélio. Saudades. Beijos.
ResponderExcluirCristina